Após delatar o ex-chefe, Mauro Cid vive uma vida de pária

Recentemente, um áudio vazado revelou uma conversa entre o tenente-coronel Mauro Cid e um amigo, onde ele desabafava e parecia desejar vender uma versão alternativa do que realmente aconteceu na Polícia Federal. O que não se sabe é quem foi o amigo traidor que propagou o áudio, nem se essa conversa foi planejada para prejudicar Cid ou se alguém se aproveitou da vulnerabilidade do tenente-coronel.

Após a delação de seu ex-chefe e o abandono por parte dele, Mauro Cid enfrenta uma vida de ostracismo. Para alguém ligado ao bolsonarismo, ter que lidar com a traição e se tornar um delator do próprio grupo social pode ser uma sentença de morte social, como foi o caso de Cid.

Apesar do mimimi de Cid, os desdobramentos da investigação não serão influenciados por suas reclamações. Documentos, depoimentos e quebras de sigilos já confirmaram informações cruciais, como minutas de golpe de Estado e depoimentos de ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica.

A situação de Mauro Cid demonstra como o bolsonarismo pode ser implacável em busca de sua própria sobrevivência, mesmo passando por cima de seus próprios membros. A traição e a vulnerabilidade foram elementos explorados para atingir o tenente-coronel e expô-lo de forma negativa perante a sociedade.