Autoridades de Nagorno-Karabakh se rendem sob condições do Azerbaijão e aceitam respeitar o cessar-fogo mediado pela Rússia

As autoridades armênias de Nagorno-Karabakh se renderam na quarta-feira e, com a mediação do contingente de pacificação implantado pela Rússia, aceitaram respeitar o cessar-fogo sob as condições impostas pelo Azerbaijão. O Azerbaijão iniciou uma operação militar no enclave separatista, resultando em mais de 200 mortos e cerca de 400 feridos armênios. As negociações para a rendição das autoridades de Nagorno-Karabakh começarão nesta quinta-feira.

O governo do primeiro-ministro Nikol Pashinyan optou por não se envolver no conflito e afirmou que não teve nada a ver com o acordo de cessar-fogo imposto pelo Azerbaijão. Apoiantes do governo armênio manifestaram-se em protesto em Yereván, alguns pedindo a demissão de Pashinyan por “trair os armênios do enclave separatista” e outros expressando insatisfação com a embaixada russa por “não intervir a favor da Armênia”.

Por outro lado, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que apoia as medidas do Azerbaijão para proteger sua integridade territorial e reconhece o Karabaj como território do Azerbaijão. A Turquia também promove a construção de uma via férrea que passaria por Nagorno-Karabakh para dar acesso ao mar Cáspio.

Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, confirmou sua viagem à China em outubro próximo, após receber o chanceler chinês, Wang Yi. Putin destacou a cooperação entre a Rússia e a China na criação de um mundo multipolar e afirmou que Moscou está em contato próximo com todas as partes envolvidas no conflito no Cáucaso do Sul.

Wang Yi, por sua vez, ressaltou a responsabilidade compartilhada pela paz e desenvolvimento entre a Rússia e a China, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. A visita do chanceler chinês à Rússia foi resultado de “consultas políticas” com o secretário do conselho de segurança da Rússia.

É importante ressaltar que as opiniões expressas neste artigo não refletem necessariamente a opinião da Diálogos do Sul.

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