Maior acionista individual da Petrobras, o banqueiro José João Abdalla, aproveitou a assembleia que aprovou a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras para um afago no presidente da estatal, Jean Paul Prates.
Prates foi alvo de fritura por aliados nas últimas semanas, por divergências com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A crise escalou depois que o executivo se opôs à proposta do governo para reter os dividendos.
Participando da assembleia de forma remota, Abdalla pediu a palavra para elogiar e agradecer o presidente da Petrobras, em um afago “extensivo à sua maravilhosa diretoria”.
“Nesse ano e pouco [de sua gestão], a condução que ele deu à companhia levou a uma valorização enorme”, afirmou. “Queria agradecer o presidente Jean Paul na qualidade de acionista”.
Conhecido como Juca Abdalla, o banqueiro é dono do banco Clássico e tem como estratégia participar de conselhos das empresas em que tem participação, como Petrobras e Eletrobras.
Na assembleia desta quinta, ele foi reeleito como conselheiro independente da estatal.
Essa atitude de Abdalla mostra o reconhecimento do mercado financeiro à gestão de Jean Paul Prates na Petrobras. O banqueiro, como acionista majoritário, destacou a valorização da companhia durante o período sob a liderança do presidente.
Esse apoio público de uma figura influente como José João Abdalla pode contribuir para a estabilização da situação entre Prates e o ministro Alexandre Silveira, trazendo mais confiança para o futuro da estatal.
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