No Missouri, nos Estados Unidos, um júri determinou que a Bayer pague US$ 1,56 bilhão (cerca de R$ 7,6 bilhões) a quatro pessoas que afirmaram ter sofrido lesões e doenças, incluindo câncer, devido ao herbicida Roundup da empresa.
A decisão coloca pressão sobre a empresa alemã de medicamentos e produtos químicos agrícolas para repensar sua estratégia jurídica.
O júri do condado de Cole, Missouri, concluiu que a Monsanto, empresa da Bayer, é culpada pelas alegações de negligência, defeitos de design e por não alertar os demandantes sobre os potenciais perigos do uso do Roundup, de acordo com documentos judiciais.
Valorie Gunther, de Nova York, Jimmy Draeger, do Missouri, e Daniel Anderson, da Califórnia, receberam um total combinado de US$ 61,1 milhões (R$ 299,3 milhões) em indenizações compensatórias e US$ 500 milhões (R$ 2,44 bilhões) cada em indenizações punitivas.
Cada um deles foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin, alegadamente causado pelo Roundup em suas propriedades familiares. A esposa de Draeger, Brenda, também recebeu compensação pelos danos que alegadamente sofreu com a doença de seu marido.
A Bayer afirmou que décadas de estudos mostraram que o Roundup e seu ingrediente ativo, o glifosato, são seguros para uso humano. No entanto, a decisão marca a quarta derrota consecutiva nos tribunais para a Bayer, após ter sido considerada isenta de responsabilidade em nove julgamentos consecutivos.
Após a decisão, as ações da Bayer caíram 18,9% nesta segunda-feira (20), atingindo o seu nível mais baixo em 14 anos.
Além da condenação, a empresa também descartou um grande estudo em estágio final que testava um novo medicamento anti-coagulante.
