Biden e Xi Jinping buscam acordo sobre inteligência artificial em meio à guerra fria tecnológica entre EUA e China




Disputa Tecnológica entre EUA e China

Disputa Tecnológica entre EUA e China

Em meio a uma nova ofensiva na guerra fria tecnológica contra a China, os Estados Unidos impuseram restrições de exportações de semicondutores e equipamentos de fabricação de chips para o país, levantando tensões na disputa pela supremacia na área de inteligência artificial. Menos de um mês após o anúncio das restrições, o presidente americano, Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping, se reuniram para discutir possíveis acordos na área.

A Casa Branca teme o avanço da China em inteligência artificial, especialmente no campo militar, e impôs sanções contra empresas como a Huawei e ZTE em 2019. No início deste ano, Japão e Holanda se uniram aos EUA nas restrições de vendas. Em resposta, a China demonstrou irritação diante dos controles de exportação que podem desacelerar o desenvolvimento do setor tecnológico.

Uma das maiores preocupações dos EUA é o acesso das forças militares chinesas aos semicondutores necessários para treinar modelos de IA, podendo resultar em ataques autônomos sem intervenção humana. A expectativa era de que os países anunciassem um canal de diálogo ou diretrizes para vetar o uso de IA em controle e comando de armas nucleares, durante a reunião entre Biden e Xi, com o objetivo de diminuir as tensões na disputa tecnológica.

Os desafios da mudança climática, combate ao tráfico de drogas e desenvolvimento da inteligência artificial exigem esforços conjuntos, como destacou Biden no início da reunião. Esperava-se um comprometimento dos líderes com o veto à incorporação da inteligência artificial em equipamentos militares autônomos, como drones e armamentos nucleares, garantindo que sempre haverá um humano para decidir o acionamento desses armamentos.

Apesar das tensões, a retomada da cooperação em combate ao aquecimento global e o compromisso com a segurança de IA foram considerados como alguns dos poucos resultados concretos da cúpula entre os dois líderes. No entanto, devido à dificuldade de chegar a um acordo mínimo em temas sensíveis, como Taiwan e a militarização chinesa no mar do Sul da China, cada líder emitiu seu próprio comunicado separado após a reunião.

A disputa tecnológica entre EUA e China continua a levantar preocupações globais sobre as implicações da inteligência artificial no campo militar, enquanto ambos os países buscam maneiras de se manterem na vanguarda dessa importante área de desenvolvimento.


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