Bolsonaro enfrenta resistência até no bolsonarismo com proposta de anistia aos manifestantes do 8 de janeiro, mostra Datafolha.






Análise sobre as propostas de anistia de Bolsonaro e seus desdobramentos

Análise sobre as propostas de anistia de Bolsonaro e seus desdobramentos

No cenário político atual, o presidente Jair Bolsonaro vem tentando adiar sua insignificância para o futuro, enquanto aspectos de sua gestão despertam controvérsias e debates acalorados. Um exemplo recente é a proposta de anistia para os envolvidos nos eventos do 8 de janeiro, que não foi bem recebida nem mesmo pelos eleitores do próprio Bolsonaro.

Segundo dados do Instituto Datafolha, a anistia proposta pelo presidente não é apoiada pela maioria, com 53% dos eleitores do atual governo rejeitando a ideia. Ao ampliar a análise para o conjunto do eleitorado, a rejeição aumenta para 63%. Esses números revelam uma resistência significativa à proposta de anistia.

O momento marcante em que Bolsonaro abordou a questão da anistia ocorreu em um comício na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, diante de uma multidão de apoiadores. Ao defender a não exclusão de nenhuma figura política do cenário, o presidente sutilmente se posicionou como um dos potenciais beneficiários. No entanto, a possível condenação de Bolsonaro em um inquérito sobre a tentativa de golpe poderia resultar em sua exclusão das urnas por um período considerável.

É interessante notar que o ex-vice-presidente de Bolsonaro, o senador Hamilton Mourão, apresentou uma proposta de anistia para os condenados pelos atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes. No entanto, a receptividade à proposta parece diminuir, já que os presidentes do Senado e da Câmara não demonstram interesse em incluí-la na agenda. O levantamento do Datafolha contribui para solidificar a tendência de deixar a proposta de anistia na gaveta.


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