Bolsonaro faz pronunciamento polêmico criticando decisões do TSE e STF, mas evita falar de fraude nas eleições de 2022.




Discurso de Bolsonaro em Copacabana gera polêmica

O presidente Jair Bolsonaro deu uma pequena trégua em seu discurso em Copacabana, mas não deixou de fazer críticas. Ele afirmou que não falaria sobre fraude nas eleições de 2022, chamando isso de “coisa passada”. No entanto, ele criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de multar seu partido, o PL, em R$ 22 milhões, assim como as decisões do tribunal que o consideraram inelegível. Sem mencionar nomes, ele alfinetou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flavio Dino, dizendo: “Eu não me reuni com traficantes no Complexo do Alemão; eu não coloquei do meu lado a dama do tráfico do Amazonas no ministério”.

A verborragia de Bolsonaro hoje segue o mesmo padrão. Suas declarações já foram motivo de condenações no TSE e de inquéritos no STF.

A situação jurídica de Bolsonaro não deve ser alterada após o discurso de hoje. No entanto, o cenário político parece se beneficiar. Assim como em seu discurso na Avenida Paulista há dois meses, o ex-presidente demonstra que, mesmo inelegível, ainda é capaz de reunir uma grande quantidade de pessoas para ouvi-lo e repercutir suas falas.

Em comparação com o discurso anterior na Paulista, em Copacabana Bolsonaro novamente optou por deixar críticas mais duras ao Judiciário para o pastor Silas Malafaia. O discurso do pastor neste domingo pode vir a mudar essa dinâmica.

Malafaia chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador de toga”, alegando que ele “rasgou a Constituição” e representa “uma ameaça à nação”. Se não for preso antes, o pastor pode se eleger.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo