Bouterse recebeu anistia por execução em 1982, mas condenação é ratificada – Ex-presidente do Suriname tem última chance de apelação.

Ex-presidente do Suriname é detido após processo de 12 anos

A esposa de Desi Bouterse, Ingrid Bouterse, revelou que seu marido recebeu “anistia” em 2012 pela execução, em dezembro de 1982, de advogados, jornalistas, empresários e militares presos. A decisão de anistia foi tomada pelo Parlamento enquanto ele ainda era presidente do país, mas a justiça prosseguiu com o julgamento posteriormente.

Desi Bouterse ascendeu ao poder aos 34 anos como sargento-mor do exército, porém, pressão internacional o forçou a deixar o cargo em 1987. No entanto, ele retornou ao poder em 1990, após conduzir um segundo golpe, sem derramamento de sangue.

Após um ano de mandato, Bouterse foi eleito presidente em 2010, governando até 2020.

O processo contra o ex-presidente teve início em 2007 e durou 12 anos até que foi condenado à revelia em 2019. Em janeiro de 2020, ele conseguiu fazer com que a justiça reconsiderasse o caso, mas no ano seguinte, a sentença foi ratificada.

Em dezembro passado, a decisão da justiça foi a última chance de apelação. Ainda é possível solicitar um indulto presidencial, embora, o próprio ex-presidente tenha descartado essa opção, de acordo com o Ministério Público.

O Ministério da Justiça informou que está construindo uma cela de detenção isolada para Bouterse no complexo do Hospital Militar do Suriname, a cerca de 10 minutos do centro da capital. As instalações ficam em frente a um hospital, caso ele precise de tratamento médico imediato.

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