Brasil impõe condições para expansão do grupo Brics e exige adesão de membros sul-americanos




A expansão do bloco econômico conhecido como Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem gerado discussões e preocupações entre os países membros e os demais interessados. Inicialmente, o Brasil não demonstrou interesse em expandir o grupo, uma vez que tem como objetivo manter relações com todos os blocos e evitar uma nova divisão do mundo em polos opostos, como ocorreu durante a Guerra Fria.

Além disso, há preocupações relacionadas ao possível desequilíbrio que a entrada de novos membros poderia gerar no bloco. Existe o receio de que a adição de países asiáticos ou aliados da China possa criar um viés em direção aos interesses de Pequim, o que preocupa parte da diplomacia brasileira e indiana.

Diante deste cenário, o Brasil impôs como condição para a adesão de novos membros a inclusão de países sul-americanos, buscando garantir um equilíbrio na composição do bloco e evitar que a maioria dos membros tenha ligação direta com a China. Nesse sentido, Argentina e Venezuela foram considerados como candidatos iniciais para aderir ao Brics.

Dessa forma, foi estabelecido que a Argentina seria o primeiro país a se juntar ao bloco durante a primeira rodada de expansão, atendendo à lógica de equilíbrio desejada pelo Brasil. A presença de Buenos Aires no Brics representa um importante passo para garantir uma representação sul-americana no grupo, buscando evitar uma influência excessiva de países asiáticos e dependentes do comércio com a China.

Sem a participação da Argentina, o Brics passaria a contar com a maioria de seus membros provenientes do continente asiático ou com forte dependência do comércio com a China, o que poderia comprometer o equilíbrio almejado pelo Brasil. A entrada de Buenos Aires, portanto, se mostra estratégica para a manutenção da diversidade e representatividade no bloco.


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