Brasil reforça posição contra ocupação de territórios palestinos em manifestação na ONU

Brasil condena ocupação de Israel em manifestação na ONU

No encerramento de uma manifestação na Assembleia Geral da ONU, a representante brasileira enumerou as medidas que espera que sejam tomadas para pôr fim à ocupação de Israel. Entre elas, estão acabar com a ocupação de Israel e reparar ao povo palestino pelas violações cometidas. Além disso, o Brasil pede que nenhum Estado reconheça a ocupação e que não adotem ações ou medidas que colaborem com a ocupação desses territórios.

A representante também reforçou que o Brasil defende a solução de dois Estados para o encerramento do conflito, com a criação de um Estado palestino independente, soberano e economicamente viável, coexistindo com Israel em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como sua capital.

A manifestação ocorre em meio a uma crise diplomática entre Brasil e Israel, iniciada a partir de uma declaração do ex-presidente Lula comparando os ataques israelenses à Faixa de Gaza ao Holocausto. A Corte máxima da ONU convidou governos a se expressarem sobre a questão, antes que seus magistrados também se pronunciem, a pedido da Assembleia Geral da ONU.

Essa não é a primeira vez que o governo brasileiro condena os crimes de guerra de Israel em Gaza. Em outubro passado, o presidente brasileiro se tornou um dos primeiros líderes mundiais a exigir um cessar-fogo, dizendo que o “povo inocente de Gaza não deve pagar o preço pela insanidade daqueles que querem a guerra”. Além disso, o Brasil também foi um dos primeiros países a receber refugiados palestinos de Gaza.

Em janeiro deste ano, o Brasil apoiou a petição da África do Sul contra Israel na CIJ, que mais tarde decidiu sobre o “genocídio plausível” em Gaza. Uma declaração oficial destacou o papel de Lula na decisão, expressando seu apoio à iniciativa para determinar que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados de acordo com a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.

(*) Com ANSA. (*) Com Agência Brasil.

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