Brasileiros agredidos em Vila Nova de Gaia irão à delegacia para identificar suspeitos, alegam discriminação por homofobia ou xenofobia.

Brasileiros são agredidos em Portugal e suspeitam de motivação homofóbica ou xenofóbica

Na última sexta-feira (5), dois brasileiros foram vítimas de agressão em Vila Nova de Gaia, Portugal, e irão à delegacia de polícia para identificar os suspeitos, conforme informado pela advogada Ludmila Poirier. As vítimas são o produtor cultural e aluno de doutorado Bruno César Marcelino, 31 anos, e o cozinheiro Kaique Soares, 23 anos. Eles relataram que estavam em uma festa na região turística e boêmia do Cais de Gaia e, por volta das 3 da manhã, decidiram deixar o local.

De acordo com os relatos, um grupo de cerca de dez jovens, em sua maioria brancos, solicitou 10 euros (R$ 53) aos brasileiros. Ao negarem o pedido, eles começaram a ser agredidos com socos e chutes. As agressões aconteceram na avenida Diogo Leite, segundo informações da Polícia de Segurança Pública. Marcelino suspeita que os ataques tenham sido motivados por discriminação contra homossexuais ou estrangeiros, mas a advogada dos brasileiros ressaltou que a motivação será descoberta durante as investigações.

“[Pedir dinheiro] era só um motivo para irem para cima. Um soco na cara. A gente tentou fugir, sair correndo. Aí, eles me puxaram pela minha touca. Nessa, eu caí. Quando caí, começaram a dar socos e chutes na minha cabeça.” – Bruno Marcelino, produtor cultural

Marcelino ressaltou que os criminosos não tentaram roubá-los, o que reforça a suspeita de motivação homofóbica ou xenofóbica. Ele também afirmou que acredita que não houve relação com racismo. Tanto ele quanto Soares estavam de mãos dadas no momento da abordagem, o que levanta a suspeita de que a motivação tenha sido discriminatória.

Os brasileiros agora aguardam a fase de identificação dos agressores na delegacia e esperam que a justiça seja feita. A agressão sofrida por Marcelino e Soares evidencia a necessidade de combater a intolerância e a violência discriminatória, reforçando a importância de se promover uma sociedade mais inclusiva e respeitosa para todos.

Por João Silva – Colaborador

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