Brasileiros se mostram mais conservadores em relação a mudanças nas leis sobre aborto e drogas, aponta pesquisa
Uma pesquisa do Datafolha realizada em março revelou que os brasileiros estão menos propensos a aceitar mudanças nas leis sobre aborto e a posse de pequenas quantidades de maconha. Segundo o levantamento, 67% dos entrevistados acreditam que a posse de pequenas quantidades de maconha não deveria deixar de ser crime, um aumento em relação aos 61% registrados em setembro de 2023.
Os resultados da pesquisa levantam questionamentos sobre a postura dos brasileiros em relação a questões de comportamento e direitos individuais. Em uma outra pesquisa do Datafolha de maio de 2022, que investigou opiniões sobre economia e comportamento, foi revelado que 49% dos eleitores se identificavam como de esquerda, a maior taxa em nove anos, enquanto 34% se identificavam como de direita. Questões como o uso de drogas, pena de morte, aceitação da homossexualidade e posse de armas foram abordadas, mostrando um cenário diversificado de opiniões.
Em relação ao aborto, a maioria dos brasileiros ainda se mostra resistente a mudanças na legislação atual. A pesquisa apontou que 42% acreditam que a lei deve permanecer como está e que 52% concordam que mulheres que interromperem a gravidez, independente da situação, devem ser presas.
Apesar do cenário conservador, alguns grupos de pessoas apresentam um “mix” de ideias que não se encaixam em definições ideológicas tradicionais. É importante ressaltar que, embora haja resistência a mudanças, a variação nas opiniões indica a possibilidade de debate e revisão das leis atuais.
Em suma, o Brasil se posiciona de forma mais conservadora em relação a países similares quando se trata de questões como aborto e drogas. A pesquisa evidencia a importância de promover diálogos e reflexões sobre esses temas, considerando a diversidade de opiniões presentes na sociedade brasileira.
