O ex-vereador Brazão revelou detalhes intrigantes sobre sua relação com o também ex-vereador Siciliano. Segundo Brazão, Siciliano o tratava como um “padrinho” e costumava cumprimentá-lo com um beijo no rosto. Em uma afirmação controversa, Brazão comparou a traição que sofreu com o gesto de Siciliano ao beijá-lo no rosto com a traição histórica de Judas, que há 2020 anos traiu alguém.
Meses antes, Brazão foi apontado como suspeito de ter ordenado o assassinato de Marielle Franco, uma versão que foi descartada pela Polícia Federal. As investigações apontam que Beto Bomba alegou que Brazão teve envolvimento com denúncias anônimas feitas à Polícia Civil na tentativa de incriminar Siciliano pelo crime.
Em resposta ao UOL, Siciliano refutou as declarações de Brazão, acusando-o de ser o verdadeiro traidor. Siciliano negou ter falado mal de Brazão e afirmou que Beto Bomba foi quem mencionou o ex-vereador. Siciliano se mostrou aliviado com o desfecho do caso, mencionando a prisão dos supostos mandantes do crime como um alívio em sua vida atribulada.
“Fui acusado covardemente e tive a minha vida virada de ponta cabeça. Mas estou feliz que esse pesadelo acabou. [Após a prisão dos supostos mandantes,] parecia que tinha saído uma tonelada das minhas costas.”
Marcello Siciliano
Em sua declaração ao UOL, Brazão também se pronunciou sobre Marcus Vinicius Reis dos Santos, conhecido como Fininho. Brazão afirmou que Fininho não tinha envolvimento direto com ele e que nunca presenciou nada que desabonasse a conduta do rapaz, apesar das suspeitas da Polícia Federal sobre sua ligação com o assassinato de Marielle.