Casal Bolsonaro processa Lula por móveis supostamente desaparecidos do Palácio da Alvorada; pede retratação e indenização de R$20 mil






Retratação de Lula por Móveis Desaparecidos: Casal Bolsonaro Processa o Presidente

Retratação de Lula por Móveis Desaparecidos: Casal Bolsonaro Processa o Presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, decidiram tomar medidas legais contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. O casal entrou com uma ação no Juizado Especial Cível do Distrito Federal exigindo retratação após os móveis que supostamente estavam desaparecidos do Palácio da Alvorada terem sido encontrados na própria residência oficial. Além disso, solicitam uma indenização de R$ 20 mil por danos morais. Até o momento, o Palácio do Planalto não se pronunciou sobre o assunto, mesmo após ser procurado pelo Estadão.

No ano passado, o governo localizou os 261 itens que haviam sido reportados como desaparecidos, 10 meses após o suposto sumiço ter sido declarado. Lula e sua esposa, Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, haviam acusado Bolsonaro e Michelle de terem deixado a residência presidencial em mau estado de conservação, além de terem desaparecido com objetos do local após saírem do Alvorada.

Na ação protocolada recentemente, o casal Bolsonaro busca uma indenização que sirva como “medida pedagógica”. Caso a Justiça atenda ao pedido, o valor será destinado ao Instituto do Carinho, uma instituição beneficente em Brasília que ajuda crianças em situações de vulnerabilidade social. Além da compensação financeira, Jair e Michelle também exigem que Lula se retrate na mesma proporção do dano causado, incluindo uma coletiva de imprensa no Palácio do Alvorada e uma retratação nos canais oficiais de comunicação do governo federal, bem como na GloboNews, onde a primeira-dama concedeu entrevista mostrando o estado das instalações do Alvorada.

A ação ressalta a suposta antipatia de Lula em relação ao casal Bolsonaro, o que teria motivado as “inverdades” disseminadas sobre eles. A situação dos móveis desaparecidos veio à tona após reportagem da Folha de S. Paulo, confirmada posteriormente pelo Estadão. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que os itens foram encontrados em diferentes dependências do Palácio da Alvorada, sem detalhes sobre os locais exatos.

A ausência do mobiliário foi utilizada como justificativa para o governo adquirir novos itens para a residência do presidente. Em 2023, o governo federal gastou cerca de R$ 26,8 milhões em reformas, compra de novos móveis e utensílios domésticos para os palácios presidenciais de Brasília. Uma nota técnica assinada no ano passado menciona que a falta de móveis colocava em risco a segurança de Lula e sua família, que estavam “expostos” por viverem em imóveis privados.

Essa polêmica em torno dos móveis desaparecidos e da retratação pedida pelo casal Bolsonaro evidencia o embate político que ainda persiste no cenário nacional. A decisão da Justiça em relação a esse caso certamente terá repercussões importantes tanto na esfera jurídica quanto na esfera política do país.


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