O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez um discurso enfático na abertura do ano legislativo, destacando a pressão do centrão pela substituição de Alexandre Padilha na Secretaria de Relações Institucionais. Segundo líderes, a troca não resolveria o problema a longo prazo.
Apesar das decisões tomadas por Padilha estarem alinhadas com o governo, especula-se que o presidente da Câmara pretende derrubá-lo, afirmando que não tratará mais de nenhum assunto com o ministro da SRI.
Entretanto, a substituição de Padilha seria apenas uma medida paliativa, de acordo com líderes parlamentares. Para um deles, o Congresso ter controle sobre a secretaria responsável pelos acordos políticos corroeria o governo por dentro.
Lira também abordou a questão do controle sobre o Orçamento, ressaltando que pertence a todos e não apenas ao Executivo.
O deputado Aliel Machado (PV-PR) observa que nos últimos seis anos, os governos estiveram reféns do Congresso. Ele destaca as disputas de poder em relação ao Orçamento, com o Executivo tendo seus programas e o Congresso buscando manter sua influência.
Orlando Silva (PC do B-SP) acredita que Padilha é apenas a “ponta do iceberg” e não o responsável pelas decisões controversas do governo. Ele critica os vetos do governo a parte das emendas aprovadas, classificando-os como “imprudentes” e afirmando que dissiparam a energia no início do ano legislativo.
Por fim, o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) acredita que somente a entrada em cena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá trazer paz e consertar a situação, afastando a possibilidade de rompimento.
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