Cerca de 1,4 milhão de palestinos aglomerados em Rafah, na fronteira com o Egito, fugindo da guerra em Gaza.







Crise em Gaza: População retida em Rafah

A crise humanitária na Faixa de Gaza atinge níveis alarmantes, com quase 1,4 milhão de palestinos, mais da metade da população local, aglomerados na região de Rafah. Segundo informações da ONU, essas pessoas estão retidas na fronteira com o Egito, que encontra-se fechada, em decorrência do conflito que assola o território.

Em entrevista à imprensa, Ahlam Abou Assi, uma mãe de família, revelou a angústia vivida pelos refugiados: “Se pedirem para retornar à Cidade de Gaza, eu só voltarei se for seguro. Se não for seguro, prefiro morrer aqui. Lá eles estão morrendo de fome”. A situação é desesperadora e exige uma resposta urgente da comunidade internacional.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, emitiu um alerta preocupante sobre a possibilidade de um massacre em Gaza, caso operações militares continuem em Rafah. Ele fez um apelo direto a Israel para que não ignore os pedidos de ajuda da comunidade internacional.

O contexto atual é resultado de uma escalada de violência que teve início em 7 de outubro, com um ataque sem precedentes de combatentes do Hamas no sul de Israel. Em resposta, o governo israelense prometeu “aniquilar” o Hamas, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia.

Os impactos desse conflito já são devastadores, com mais de 1.160 mortes, a maioria civis, de acordo com dados oficiais israelenses. Além disso, a ofensiva israelense teria deixado pelo menos 28.473 mortos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.


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