CFM propõe parceria com MEC e universidades para reforçar ensino médico e combater atos obscenos de estudantes.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) propôs a criação de um grupo de trabalho em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e universidades de todo o país, com o objetivo de fortalecer o ensino médico no Brasil. Essa iniciativa surge após a entidade associar os atos obscenos realizados por estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) durante um evento esportivo em abril deste ano, que viralizaram recentemente, à fragilidade do ensino e à abertura excessiva de escolas médicas.

Em nota, o CFM se coloca à disposição para trabalhar em conjunto com o MEC e as instituições de ensino, a fim de desenvolver ações que reforcem o ensino médico no país. Segundo o conselho, essa parceria será fundamental para formar profissionais preparados, com conhecimento clínico e técnico, além de estarem conscientes de suas responsabilidades, deveres e limites em relação à sociedade.

De acordo com o CFM, a abertura indiscriminada de escolas médicas tem enfraquecido o processo de ensino, expondo os estudantes à falta de infraestrutura em estágios e a limitações no acesso a conteúdos fundamentais, como a ética. O conselho repudiou veementemente o comportamento dos estudantes envolvidos no incidente e ressaltou que situações semelhantes podem ser evitadas por meio de um ensino qualificado, com aprofundamento de questões éticas, por exemplo.

A entidade considera inadmissível que os futuros profissionais da área da saúde se envolvam em atos de violência e assédio. Os vídeos divulgados nas redes sociais e pela imprensa causaram repulsa e indignação, demonstrando a urgência de aprimorar o ensino nas escolas médicas, para que os futuros médicos saibam como agir de maneira ética, responsável e sensata em todas as situações.

O CFM concordou com a decisão da Unisa de expulsar os alunos identificados nas imagens e cobrou das autoridades a apuração dos fatos e punição dos envolvidos. A universidade anunciou que mais de seis alunos foram expulsos, mas não revelou o número total de estudantes desligados da instituição.

No caso específico ocorrido na Unisa, estudantes de medicina se despiram e correram pela quadra, cobrindo seus órgãos genitais com as mãos, após um jogo do evento esportivo Calomed, realizado em São Carlos, interior de São Paulo, em abril deste ano. Os vídeos só se tornaram viralizados recentemente, despertando uma série de comentários nas redes sociais. Além disso, um grupo de alunos do curso de medicina do Centro Universitário São Camilo também mostrou as nádegas para o público durante o mesmo evento.

A Unisa informou que está avaliando as imagens e considerando a aplicação de medidas disciplinares, com base no seu regimento interno. O Centro Universitário São Camilo também está analisando as imagens para tomar providências se for necessário.

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