O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, fez declarações contundentes contra o embaixador de Israel, Yossi Shelley, acusando-o de distorcer a posição do Brasil em relação à política doméstica em benefício próprio. Segundo Araújo, Shelley teria atacado publicamente o Brasil, mas em uma conversa privada com o embaixador brasileiro em Tel Aviv, teria expressado grande respeito pelo país, definindo-o como a mais importante nação da América do Sul.
Araújo criticou veementemente a conduta de Shelley, afirmando que é inaceitável que uma autoridade governamental aja dessa forma. Além disso, o chanceler brasileiro destacou que as ações de Shelley visam aumentar sua visibilidade no Brasil a fim de desviar a atenção do massacre em curso em Gaza, onde milhares de civis palestinos já perderam suas vidas, sendo a maioria mulheres e crianças, e a população está sujeita a deslocamento forçado e punições coletivas.
O Itamaraty divulgou as declarações de Araújo em uma nota, enfatizando que o governo brasileiro reagirá com diplomacia, mas com firmeza, a qualquer ataque que receba, tanto agora como no futuro. As ações de Shelley e do governo Netanyahu foram duramente criticadas pelo chanceler brasileiro, que ressaltou o crescente isolamento internacional do governo israelense, refletido nas deliberações em andamento na Corte Internacional de Justiça.
Segundo Araújo, o governo brasileiro não entrará nesse jogo e continuará lutando pela proteção das vidas inocentes em risco. O chanceler reiterou que a prioridade é garantir a defesa dos civis em meio ao conflito em Gaza, sem se deixar influenciar por tentativas de desviar a atenção do verdadeiro problema enfrentado na região.
Essas declarações de Araújo sinalizam uma postura firme do Brasil em relação ao conflito entre Israel e Palestina, demonstrando que o país não aceitará tentativas de distorcer sua posição e agirá de forma diplomática, porém firme, para defender os interesses nacionais. O embate entre o chanceler brasileiro e o embaixador de Israel evidencia as tensões diplomáticas entre os dois países, colocando em destaque a complexidade das relações internacionais em meio a crises globais.
