Chefe de Governo da Espanha, Pedro Sánchez, surpreende ao cancelar compromissos públicos e pode deixar o cargo; decisão será anunciada segunda-feira.





Anúncio de Sánchez sobre possível renúncia gera tensão na Espanha

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, pegou a todos de surpresa ao anunciar, em uma carta na última quarta-feira, o cancelamento de todos os seus compromissos públicos até segunda-feira. Neste dia, prometeu que tomará uma decisão sobre a permanência ou não no cargo de chefe de Governo. O motivo de sua decisão foi a irritação com os ataques da oposição contra sua esposa, Begoña Gómez, devido a uma suposta relação profissional com empresas que receberam ajuda pública.

A incerteza gerada pela possibilidade de renúncia de Sánchez fez com que diversos cidadãos expressassem seu apoio ao presidente. Em uma entrevista à AFP, Sara Domínguez, de 30 anos, que trabalha em uma empresa de consultoria, destacou as medidas positivas adotadas pelo atual governo em favor das mulheres, pessoas LGBT e minorias, e expressou sua esperança de que Sánchez decida permanecer no cargo.

Por outro lado, José María Díez, funcionário público de 44 anos que veio de Valladolid até a capital, alertou sobre o risco da extrema-direita assumir o poder caso Sánchez renuncie, o que poderia resultar em retrocessos nos direitos e liberdades conquistados nos últimos anos.

No âmbito político, os dirigentes do Partido Socialista, incluindo ministros e presidentes regionais, manifestaram publicamente seu apoio a Sánchez, pedindo para que ele não deixe o cargo que ocupa desde 2018. Em uma declaração emocionada, María Jesús Montero, ministra da Fazenda e número dois do governo, fez um apelo para que o presidente permaneça em frente, destacando a importância de manter a Espanha avançando.

Enquanto isso, a oposição também se posicionou, com a porta-voz do governo, Pilar Alegría, afirmando que “não passarão” em referência aos ataques contra Sánchez e sua família.


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