Chefe de vigilância nuclear da ONU viaja ao Irã em meio a desafios na supervisão das atividades atômicas de Teerã.




Viagem do chefe da agência nuclear da ONU ao Irã levanta questões sobre supervisão atômica

Viagem do chefe da agência nuclear da ONU ao Irã

Por Francois Murphy

VIENA (Reuters) – O chefe do órgão de vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, embarcou para o Irã nesta segunda-feira com o objetivo de fortalecer a supervisão da agência sobre as atividades nucleares de Teerã. Essa viagem ocorre em meio a preocupações após uma série de contratempos, porém, analistas e diplomatas alertam que Grossi possui uma influência limitada e deve ter cuidado com possíveis promessas vazias.

A decisão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em 2018, de abandonar o acordo histórico entre o Irã e as principais potências, que visava estabelecer restrições nucleares em troca de alívio de sanções, resultou no colapso do acordo. Desde então, o Irã intensificou seu processo de enriquecimento de urânio e diminuiu a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica.

Grossi busca garantir que a agência possa desempenhar seu papel de forma eficaz na monitorização das atividades nucleares iranianas, especialmente em meio às tensões crescentes na região. No entanto, a falta de cooperação do Irã e as restrições impostas ao trabalho da agência têm complicado a situação.

Os próximos passos de Grossi no Irã serão cruciais para determinar o futuro do controle internacional sobre as atividades nucleares do país. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos dessa visita, que poderão ter impacto significativo nas negociações diplomáticas e na segurança global.


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