Chile encerra votação para mudança da Constituição após quatro anos de processo e debate acalorado






Chile vota para mudar Constituição

O Chile mergulhou há quatro anos em um processo para mudar a Constituição do país, após a explosão de manifestações por mais igualdade social, em outubro de 2019.

A votação foi encerrada sem maiores problemas, mas longe da efervescência com que o processo começou, há quatro anos, devido ao cansaço da população.

Embora tenha passado por reformas, mudar a Constituição de Pinochet era uma aspiração antiga da esquerda chilena, que denuncia a sua origem ilegítima e a fraca proteção aos direitos sociais, como saúde, habitação, aposentadorias e educação.

No entanto, confrontados com uma proposta ainda mais conservadora, os partidos de esquerda chilenos fizeram um apelo pelo voto contrário. “Eu sempre prefiro algo ruim a algo péssimo”, disse neste domingo a ex-presidente socialista Michelle Bachelet (2006-2010/2014-2018). “Prefiro voltar ao ponto de partida, que não é 100% a Constituição da ditadura, a ter um texto ruim, que prejudica todos os chilenos e que nos divide profundamente”, disse Carolina Leitão, porta-voz da campanha contra o novo texto conservador.


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O Chile vota para mudar Constituição após 4 anos de processo

Há quatro anos, o Chile mergulhou em um processo para mudar a Constituição do país, desencadeado pela explosão de manifestações por mais igualdade social, em outubro de 2019. Passado esse período, a votação foi encerrada sem maiores problemas, porém, longe da efervescência com que o processo começou, devido ao cansaço da população.

A mudança na Constituição de Pinochet era uma aspiração antiga da esquerda chilena, que denuncia a sua origem ilegítima e a fraca proteção aos direitos sociais, como saúde, habitação, aposentadorias e educação. Apesar disso, os partidos de esquerda chilenos confrontaram uma proposta ainda mais conservadora e fizeram um apelo pelo voto contrário. “Eu sempre prefiro algo ruim a algo péssimo”, disse neste domingo a ex-presidente socialista Michelle Bachelet (2006-2010/2014-2018). Além disso, Carolina Leitão, porta-voz da campanha contra o novo texto conservador, afirmou: “Prefiro voltar ao ponto de partida, que não é 100% a Constituição da ditadura, a ter um texto ruim, que prejudica todos os chilenos e que nos divide profundamente”.

Mesmo após passar por reformas, a mudança na Constituição de Pinochet foi controversa e gerou intensos debates ao longo dos quatros anos de processo. Agora, a população chilena terá que esperar para ver os impactos e desdobramentos dessa mudança na Constituição e como ela irá influenciar a sociedade chilena no futuro.

É importante acompanhar de perto os desdobramentos desse momento histórico para o Chile e como a mudança na Constituição irá moldar o futuro do país, especialmente no que diz respeito à igualdade social e aos direitos dos cidadãos.

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