China impõe sanções contra empresas de defesa dos EUA
A China anunciou neste domingo (7) sanções contra cinco empresas de defesa dos Estados Unidos, em resposta ao seu envolvimento na venda de armas a Taiwan, uma ilha que Pequim reivindica como parte do seu território.
A China prometeu um dia retomar Taiwan, inclusive à força, enquanto o Congresso dos EUA exige o fornecimento de armas a essa democracia autônoma para a sua defesa.
No mês passado, o Departamento de Estado dos EUA aprovou um pacote de armas de 300 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais na cotação atual) para reforçar o sistema conjunto de comando e controle de combate de Taipei, o que levou Pequim a dizer que tomaria “contramedidas” não especificadas contra as empresas envolvidas.
As sanções chinesas buscam pressionar as empresas americanas a interromperem sua cooperação com Taiwan. De acordo com o governo chinês, as empresas sancionadas estão proibidas de conduzir negócios na China, seus diretores e gerentes estão proibidos de entrar no país e suas instituições e familiares também estão banidos de transações comerciais com a China.
Essas sanções representam mais um capítulo na escalada de tensões entre China e Estados Unidos, dois dos principais atores no cenário internacional. A disputa por Taiwan tem sido uma das questões mais delicadas, com o governo chinês reforçando sua retórica de reunificação enquanto os EUA apoiam a autonomia da ilha.
Espera-se que as sanções tenham um impacto significativo nas relações comerciais entre os dois países, que já enfrentam uma série de conflitos comerciais e tecnológicos.