Chuvas abaixo da média preocupam especialistas e impactam reservatórios no Brasil

Segundo a Nottus Meteorologia, o período úmido está atrasado há pelo menos 45 dias, com chuvas até agora irregulares, e a expectativa é de que a estação chuvosa não se estenda além do normal, devendo se encerrar por volta de abril. A meteorologista e sócia executiva da Nottus, Desirée Brandt, apontou que para o norte, a chuva aumenta, mas muitas vezes não atinge a média e vai chover muito menos do que no verão 22/23.

Apesar disso, a situação não tem colocado em risco o nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, região considerada a “caixa d’água” do país, já que a boa hidrologia dos últimos anos garantiu a recuperação do armazenamento a patamares confortáveis. Atualmente, a capacidade do subsistema está em 61,3%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O principal ponto de atenção para os próximos meses é a região Norte, que enfrentou seca recorde neste ano, situação que chegou a levar à paralisação temporária das operações da usina hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira, devido ao baixo nível de vazão. Segundo Vinicius Henrique de Lima, climatologista do Climatempo, o pico das chuvas no Norte deve ocorrer mais para o final do verão, em março e ao longo do começo do outono, também em abril. No entanto, a tendência é que as chuvas fiquem abaixo da média histórica.

Mesmo com a previsão de chuvas abaixo da média entre fevereiro e abril, ainda se espera a ocorrência de chuvas volumosas que, no geral, vão passar de 200, 250 e 300 milímetros em várias áreas. Estas informações são importantes para as autoridades e a população em geral, visto que a gestão hídrica e energética do país depende diretamente do comportamento das chuvas e dos reservatórios.

Portanto, é fundamental acompanhar de perto a evolução das condições climáticas e estar preparado para eventuais eventos extremos, especialmente nas regiões Norte e Sudeste/Centro-Oeste. A análise das informações meteorológicas e a tomada de medidas preventivas podem ser cruciais para lidar com os impactos das variações climáticas, garantindo a segurança hídrica e energética do país.

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