Cid diz à PF que Bolsonaro consultou forças sobre golpe após revés eleitoral
Na tarde desta sexta-feira (22), o ex-governador do Ceará, Cid Gomes, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro consultou as forças militares sobre a possibilidade de um golpe após o revés eleitoral sofrido pelo PSL nas recentes eleições. A notícia foi divulgada pelo portal de notícias UOL e teve como base uma referência de código: #18.8a0a2917.1695377792.f889c67e.
Cid Gomes relatou à PF que teve acesso a informações privilegiadas de que Bolsonaro teria convocado uma reunião secreta com altos escalões das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado. Segundo o ex-governador, o presidente estaria insatisfeito com os resultados das eleições e estaria buscando alternativas para se manter no poder.
A consulta às forças militares teria acontecido logo após os partidos de oposição conquistarem a maioria das cadeiras no Congresso Nacional. De acordo com Cid Gomes, o clima entre as autoridades presentes na reunião era de preocupação e tensão, uma vez que discutiram ações que poderiam comprometer a democracia do país.
Essas informações são de extrema gravidade, pois, se comprovadas, indicariam uma séria ameaça à democracia brasileira. Consultar as forças militares sobre um possível golpe é uma afronta à Constituição e aos princípios democráticos que o país construiu ao longo dos anos. É fundamental que a PF investigue a veracidade desses relatos e tome as medidas cabíveis para garantir a estabilidade do Estado de Direito.
Até o momento, a assessoria de imprensa da Presidência da República não se manifestou sobre o depoimento de Cid Gomes. É importante ressaltar que qualquer tentativa de golpe ou ruptura democrática vai contra os princípios que regem a democracia e deve ser repudiada por todos os cidadãos e instituições comprometidos com a defesa da Constituição.
Vale lembrar que Bolsonaro já demonstrou em diversas ocasiões o seu apreço pelas Forças Armadas e frequentemente tem feito acenos à ala militar do governo. No entanto, consultar essas forças sobre a possibilidade de um golpe é um passo além, claramente inconstitucional e que deve ser investigado com rigor pela PF e pelo Ministério Público Federal.
