O ex-assessor de imprensa da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, coronel André Costa, apresentou nesta quarta-feira um áudio contendo declarações do advogado de defesa de Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que supostamente provariam a inocência do ex-presidente.
Durante a sessão da CPI do 8 de Janeiro, que investiga os acontecimentos ocorridos naquele fatídico dia, a gravação foi reproduzida para os membros do comitê. O tenente-coronel depôs perante os senadores e respondeu a diversas perguntas relacionadas aos eventos ocorridos no Palácio do Planalto.
No áudio divulgado por Costa, o advogado de Mauro Cid afirma que seu cliente não teve envolvimento nos atos de violência registrados durante a invasão da sede do governo. Segundo as palavras do advogado, Cid estava cumprindo uma tarefa designada por Bolsonaro no momento dos fatos e não teve contato com os manifestantes.
O áudio gerou grande repercussão no Congresso Nacional. Enquanto os apoiadores de Bolsonaro consideram esse pronunciamento como uma prova definitiva de sua inocência, os opositores criticam a divulgação seletiva de informações e questionam a veracidade das declarações.
A defesa de Jair Bolsonaro também se manifestou após a apresentação do áudio. O advogado do ex-presidente afirmou que essa gravação só reforça o que já era de conhecimento público: a suposta inocência de Bolsonaro nos eventos do 8 de Janeiro. Segundo o defensor, as alegações do advogado de Mauro Cid confirmam a versão apresentada pelo ex-presidente desde o início das investigações.
Apesar disso, a CPI do 8 de Janeiro pretende analisar minuciosamente o áudio apresentado por André Costa. Os senadores planejam convocar o advogado de defesa de Mauro Cid para prestar depoimento e esclarecer melhor as declarações feitas na gravação. Além disso, outros depoimentos estão agendados para os próximos dias, com o intuito de obter mais informações sobre os acontecimentos ocorridos durante a invasão do Palácio do Planalto.
A divulgação dessa gravação reacende o debate em torno dos eventos de 8 de Janeiro e aumenta a tensão política no país. Enquanto os partidários de Bolsonaro veem uma tentativa de descredibilizar o ex-presidente, seus opositores argumentam que esse áudio não é suficiente para ignorar as demais provas e testemunhos coletados até o momento.
