Comércio natalino: Empresários se preparam para recuperar perdas em meio a desafios políticos e esportivos.







Reportagem: Comerciantes de Natal se Preparam para Retomada das Vendas em 2023

Com a aproximação do Natal, comerciantes especializados na venda de artigos natalinos começam a se preparar para retomar o terreno perdido no ano anterior. Claudio Campana Crucelli, 51, é um deles. Ao lado de sua esposa, Silvana Crucelli, 45, administram a Mania de Natal, uma loja que opera apenas de agosto a dezembro localizada na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.

Segundo Claudio, o Natal é sua principal atividade e ele vive exclusivamente desse período do ano. Com três estabelecimentos comerciais na capital e vendas de materiais para festas em outras datas sazonais, a Mania de Natal é o seu “ganha-pão”. “Eu sou nataleiro. Tenho orgulho disso. Para quem trabalha com eventos sazonais, nada se compara ao Natal”, afirma.

O movimento na loja cresce significantemente após o Dia de Finados, em 2 de novembro, e Claudio espera recuperar o terreno perdido no ano anterior devido à Copa do Mundo e eleições presidenciais. “No período de 40 dias, são 2.500 clientes que compram na Mania de Natal”, relata. O comerciante afirma que a fila para entrar na loja dobrava a esquina em 2021, pós-pandemia, e ele espera repetir esse sucesso em 2023.

Além de lojas estabelecidas, camelôs como Roberto Damasceno, 38, também lucram com a venda de produtos natalinos. Para Damasceno, que vende seus produtos na rua 25 de Março, o Natal é seu ganha-pão, proporcionando renda para sua família. Já na Mania de Natal, a esposa de Claudio, Silvana, afirma que chega a fazer 120 laços em determinados dias para atender a demanda dos clientes.

Para manter o sucesso das vendas, Claudio é estratégico em sua abordagem. Ele realiza pesquisas sobre o que mais vende, o período de maior movimento na loja e quais artigos têm mais chance de fazer sucesso. “Quem frequenta nossa loja deseja novidade. Temos que trazer Papai Noel verde, prata, rosê… Se você não estiver atento a tendências, vai perder vendas”, explica. O comerciante também destaca a importância de prestar atenção no contexto e oferecer mais do que simplesmente produtos, mas também serviços relacionados à decoração natalina.

A Mania de Natal tem planos de expansão e se tornar uma franquia, enquanto outros pequenos comerciantes como Jorge Moraes, dono de uma barraca no centro, buscam enxergar no Natal uma garantia de vendas e movimento para seu negócio.

No final das contas, o Natal é muito mais do que uma simples comemoração familiar. Para Claudio e tantos outros comerciantes, é a fonte de sustento e crescimento de seus negócios. E enquanto a ceia é celebrada por tantos, eles se esforçam e se preparam para tornar o Natal de 2023 um momento ainda mais especial para todos.


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