Confederação Israelita do Brasil critica declarações antissemitas de secretária do PT e pede sua remoção do cargo.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) emitiu uma nota na qual critica as declarações de Gleide Andrade, secretária nacional de Planejamento e Finanças do PT e conselheira de Itaipu, a respeito de Israel. A Conib considera tais manifestações antissemitas e assegura que não devem ter lugar no Brasil.

Segundo a confederação, a petista publicou mensagens em suas redes sociais nas quais classifica Israel como “assassino”, afirmando também que o país “não merece ser um estado” e é uma “vergonha para a humanidade”. A Conib ressalta que esse tipo de discurso não pode ser tolerado, ainda mais vindo de uma pessoa em posição oficial tão elevada.

A nota da Conib também expressa surpresa pelo fato de Gleide Andrade não mencionar o pior ataque contra os judeus desde o Holocausto, realizado pelo grupo terrorista Hamas. Esse ataque resultou na morte de 1.400 pessoas, estupros em massa de mulheres indefesas, assassinato de crianças e bebês, além do sequestro de mais de 200 pessoas de diversas nacionalidades.

Na semana passada, Hélio Doyle, presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), foi demitido após compartilhar em suas redes sociais publicações críticas aos apoiadores de Israel. Em resposta a esse episódio, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, afirmou à Folha que a gestão do ex-presidente Lula não aceita nenhum tipo de ofensa a respeito da guerra, por parte de servidores.

Em defesa de suas declarações, Gleide Andrade afirmou ao Painel que sua mensagem é em defesa da vida. Segundo ela, ela defende a vida de crianças, mulheres e civis e que como mãe, cristã e defensora incansável do direito à vida, ela sempre defenderá a paz, o amor e o respeito à dignidade humana. Gleide declarou que não há justificativa para matar crianças, independentemente do lado do conflito.

É importante destacar que a liberdade de expressão é um princípio fundamental em uma sociedade democrática, porém, é necessário que essa liberdade seja exercida de forma responsável e respeitando os direitos humanos. A manifestação da Conib e a demissão de Hélio Doyle demonstram a preocupação com discursos que possam incitar o ódio e a discriminação, principalmente quando partem de pessoas em posição de autoridade e influência.

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