Congressistas dos EUA protestam contra bombardeio de Biden no Iêmen sem aprovação do Congresso

Presidente Joe Biden é criticado por congressistas dos EUA

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de bombardear o Iêmen sem a aprovação prévia do Congresso tem gerado críticas de representantes democratas e republicanos. As redes sociais foram inundadas com mensagens condenando a ação presidencial, com muitos citando a violação do Artigo 1 da Constituição norte-americana, que confere ao Congresso o poder de declarar guerra.

O deputado democrata da Califórnia, Ro Khanna, usou o antigo Twitter para postar: “O presidente precisa se apresentar ao Congresso antes de lançar um ataque contra os Houthis no Iêmen e nos envolver em outro conflito no Oriente Médio. Esse é o Artigo I da Constituição. Defenderei isso independentemente de um democrata ou republicano estar na Casa Branca.” Já o deputado republicano Thomas Massie, do Kentucky, escreveu: “Somente o Congresso tem o poder de declarar guerra.”

Além de Khanna e Massie, outros representantes democratas e republicanos se juntaram ao coro de críticas. Cori Bush, Val Hoyly, Mark Pocan, Pramila Jayapal, Rashida Tlaib, Mike Lee e Anna Paulina Luna foram alguns dos políticos que protestaram contra a decisão de Biden.

Operação militar multinacional

Os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido ocorreram semanas após o anúncio do lançamento da operação militar multinacional “Prosperity Guardian”, com o objetivo de responder aos ataques houthis no Mar Vermelho. A coalizão, que inclui doze países além dos EUA e do Reino Unido, já era considerada por analistas como um fator que poderia levar a uma expansão da guerra na região.

Eldar Mamedov, do Responsible Statecraft, escreveu: “De acordo com qualquer estimativa razoável, enfrentar os houthis não resultaria em uma vitória militar rápida e ágil. O movimento só se tornou mais forte depois da guerra de nove anos que a Arábia Saudita e a coalizão árabe liderada por ela travaram contra ele, com um generoso apoio militar, diplomático e de inteligência dos EUA, do Reino Unido e de outras nações ocidentais.”

A reação dos congressistas dos EUA destaca a divisão e a polêmica em relação à ação militar no Oriente Médio, com muitos pedindo uma maior transparência e consulta ao Congresso antes de intervenções militares no exterior.

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