Copa feminina: Inglaterra pode alcançar coroação ou Espanha promete virada surpreendente. O futuro das equipes promete emoção.

A Inglaterra está prestes a conquistar a tão almejada coroa no futebol feminino. No próximo jogo, elas enfrentarão a Espanha na final da Copa do Mundo feminina, e essa vitória pode levar a treinadora holandesa Sarina Wiegman a comandar a seleção masculina após a Eurocopa do ano que vem.

A Espanha, apesar de ter enfrentado múltiplos problemas, incluindo conflitos internos, disputas entre dirigentes e treinador contra as jogadoras, chegou à final do torneio. A decisão acontecerá neste domingo (20), às 7h (horário de Brasília), em Sydney, Austrália. Essa será a primeira vez que Espanha e Inglaterra chegam à final do mundial feminino, garantindo assim uma campeã inédita para o torneio, que nunca antes havia contado com 32 seleções.

Para Wiegman, esse será o seu 39º jogo como treinadora da seleção britânica. Seu maior momento até agora foi a conquista do título da Eurocopa no ano passado. Mesmo enfrentando desfalques, como a capitã Leah Willianson e a artilheira Beth Mead, que não puderam viajar devido a lesões no joelho, a Inglaterra segue invicta no torneio e chega à final.

O desempenho de Wiegman tem chamado tanta atenção que a Federação Inglesa está considerando a possibilidade de contratá-la para treinar a seleção masculina. O chefe-executivo da federação, Mark Bullingham, afirmou que ela poderá decidir qual caminho deseja seguir em sua carreira no futebol, e que se ela escolher treinar a equipe masculina, isso seria uma discussão muito interessante. Vale ressaltar que nenhuma das 32 seleções do Mundial masculino de 2022, no Catar, foi comandada por mulheres, enquanto na Copa feminina, 22 das 32 seleções foram treinadas por homens.

Já a relação entre as jogadoras da seleção espanhola e as autoridades do futebol feminino no país foi abalada durante a Eurocopa. Após a eliminação no torneio, 15 jogadoras enviaram um email pedindo melhoras nas condições de treinamento e remuneração, e afirmaram que não estariam disponíveis para convocações até que esses problemas fossem resolvidos. A maior parte delas acabou recuando e mudando de ideia, mas algumas, como Patri Guijarro, Claudia Pina e Mapi León, continuaram firmes em sua posição de não atuar mais pela seleção.

Apesar dos problemas internos, a Espanha conseguiu chegar à final da Copa do Mundo feminina. Após uma goleada por 4 a 0 sofrida contra o Japão, o time se recuperou e teve vitórias dramáticas, como a vitória na prorrogação contra a Holanda nas quartas de final e o gol marcado no último minuto contra a Suécia nas semifinais.

Para as jogadoras da Inglaterra, essa final representa a vitória da persistência. A lateral Lucy Bronze, referência da equipe, já teve que trabalhar servindo pizzas na Domino’s quando não conseguia viver do futebol. Enquanto isso, a ala Caitlin Foord complementava sua renda trabalhando como motorista da Uber. Agora, elas estão a apenas um jogo de conquistar o título mundial.

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