Corte Internacional de Justiça inicia audiências para apurar denúncia contra Israel
A Corte Internacional de Justiça, também conhecida como Corte de Haia, deu início nesta quinta-feira (11) às audiências para apurar a denúncia feita pela África do Sul, com o apoio do Brasil, que acusa Israel de descumprir a Convenção Internacional contra o Genocídio em sua campanha militar na Faixa de Gaza.
Segundo informações, quase cem dias após o início do conflito, mais de 23 mil pessoas, a maioria civis, foram mortas no território palestino. As ofensivas são respostas ao ataque lançado pelo Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas em território palestino.
O ministro da Justiça sul-africano, Ronald Lamola, enfatizou que “nenhum ataque armado ao território de um Estado, por mais grave que seja, justifica a violação da Convenção Internacional contra o Genocídio de 1948”.
Além disso, a advogada Adila Hassim destacou que as ações israelenses colocaram a população palestina “à beira da fome”, ressaltando que “a situação é tal que os especialistas preveem que mais pessoas poderão morrer em Gaza de fome e doenças do que devido a ações militares”.
A ação do país africano foi apresentada ao tribunal no último dia 29, e o documento acusa o Estado judeu de descumprir a Convenção Internacional contra o Genocídio, definindo o termo a partir de cinco diferentes práticas, como matar membros de um determinado grupo nacional, étnico, racial ou religioso; causar danos físicos ou mentais graves a eles; infligir condições de vida que destruam sua capacidade de sobrevivência; impedir sua proliferação; transferir crianças desse grupo para outro local de forma forçada.