Crise em Mianmar: junta militar utiliza artilharia pesada e jatos de combate para reprimir milícias e exércitos de minorias étnicas.




A junta militar tem utilizado artilharia pesada e jatos de combate para tentar reprimir as milícias aliadas a um governo paralelo e a exércitos de minorias étnicas, vários dos quais lançaram uma ofensiva coordenada em outubro que surpreendeu os militares e prejudicou sua credibilidade no campo de batalha.

Cerca de 2,3 milhões de pessoas foram deslocadas, de acordo com as Nações Unidas, enquanto os esforços dos vizinhos do sudeste asiático de Mianmar para iniciar o diálogo não tiveram progresso, com a junta se recusando a negociar com o que chama de “terroristas”.

A prorrogação do estado de emergência ocorreu na véspera do terceiro aniversário da retomada do poder pelos militares, que alegaram irregularidades eleitorais não resolvidas, em um fim abrupto e impopular de uma década de tentativa de democracia e reforma econômica.

Isso aconteceu poucos meses depois de uma vitória eleitoral esmagadora da então líder Aung San Suu Kyi, da Liga Nacional pela Democracia (NLD), que planejava mudar a constituição para retirar os poderosos militares da política e colocá-los sob controle civil.

Os militares prometeram realizar uma eleição e devolver Mianmar ao sistema quase civil criado, mas dissolveram pelo menos 40 partidos e prenderam Suu Kyi, pelo que seus apoiadores dizem ser acusações forjadas.

Mais cedo, na quarta-feira, a junta anunciou uma flexibilização das exigências de registro para partidos políticos, sem dizer o motivo. Não deu prazo para eleição.



Junta militar de Mianmar intensifica uso de artilharia pesada e jatos de combate em resposta a ofensiva coordenada de milícias

A junta militar de Mianmar tem recorrido a artilharia pesada e jatos de combate para reprimir milícias aliadas a um governo paralelo e a exércitos de minorias étnicas. A ofensiva coordenada das milícias em outubro surpreendeu os militares, prejudicando sua credibilidade no campo de batalha. Este conflito já deslocou cerca de 2,3 milhões de pessoas, de acordo com relatos das Nações Unidas.

Além disso, os esforços dos países vizinhos do sudeste asiático para iniciar um diálogo não tiveram progresso. A junta militar se recusa a negociar com o que chama de “terroristas”, tornando as negociações ainda mais desafiadoras.

A prorrogação do estado de emergência ocorreu na véspera do terceiro aniversário da retomada do poder pelos militares. Eles alegaram irregularidades eleitorais não resolvidas, apontando um fim abrupto e impopular de uma década de tentativa de democracia e reforma econômica.

O embate político se intensificou nos últimos meses, após a vitória eleitoral esmagadora da então líder Aung San Suu Kyi, da Liga Nacional pela Democracia (NLD). Ela planejava mudar a constituição para retirar os poderosos militares da política e colocá-los sob controle civil. No entanto, os militares prometeram realizar uma eleição e devolver Mianmar ao sistema quase civil criado, apesar de terem dissolvido pelo menos 40 partidos e prenderam Suu Kyi com acusações que seus apoiadores consideram forjadas.

Na última quarta-feira, a junta militar anunciou uma flexibilização das exigências de registro para partidos políticos, sem fornecer um prazo para a realização das eleições.

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