O cubo mágico, ou cubo de Rubik, é um fenômeno de vendas em todo o mundo, conquistando pessoas de diversas nacionalidades, idades e níveis educacionais.
Seu criador, o acadêmico húngaro Ernő Rubik, inicialmente não percebeu o potencial de seu genial quebra-cabeça. Em 1974, trabalhando como professor de arquitetura no Colégio de Artes Aplicadas de Budapeste, Rubik idealizou o cubo como uma ferramenta de ensino para seus alunos, visando estimular a criatividade e a compreensão de formas e relações espaciais.
No entanto, as restrições de fabricação impostas na Hungria da era comunista adiaram a produção em massa do cubo mágico para o início dos anos 1980. O mecanismo oculto que mantinha os cubos individuais menores girando e as cores sólidas em cada lado do cubo tornaram o movimento visível e desafiador.
Rubik compartilhou que a resolução do cubo mágico exige paciência e memória espacial tridimensional. Ele mesmo levou quase um mês para resolvê-lo pela primeira vez e apenas cerca de 1% das pessoas conseguem resolver o quebra-cabeça sem ajuda.
Desafio global
O cubo mágico se tornou uma mania global, com milhões de pessoas aceitando o desafio de resolvê-lo. Competições internacionais surgiram, atraindo pessoas de todas as idades e estimativas apontam que mais de 100 milhões de cubos mágicos foram vendidos até 1982, sem contar as versões não oficiais.
Após alcançar o auge de popularidade nos anos 1980, o cubo mágico não é mais a mania global de décadas atrás, mas seu apelo e impacto sobre a cultura permanecem evidentes. O quebra-cabeça continua a ser objeto de arte, esculturas e aparece em filmes, animações e séries de TV, mantendo fãs dedicados que estabelecem novos recordes de resolução do cubo.
Ernő Rubik criou uma fundação de apoio a jovens promissores no campo das invenções na Hungria, mas nada que ele tenha criado se compara ao sucesso do cubo mágico, o qual ele se orgulha de ter resolvido sempre o melhor como designer.
Este texto foi originalmente publicado na BBC Culture (em inglês) e na BBC News Brasil.
