Cursinho AlfaCon envolvido em polêmica por apologia ao cometimento de crimes na formação de agentes de segurança.

Cursinho de preparação para as forças de segurança é acusado de apologia ao crime e violência

O cursinho AlfaCon tem sido alvo de polêmicas e acusações por incentivar a prática de crimes e violência na formação de agentes de segurança. Recentemente, a instituição foi alvo de críticas após um de seus professores ter sido filmado contando aos alunos como produziu uma câmara de gás semelhante àquela que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, em maio do ano passado.

A polêmica provocou a reação de entidades como a Uneafro Brasil e o Instituto de Referência Negra Peregum, que apresentaram uma notícia-crime ao Ministério Público do Paraná pedindo investigação contra os professores e diretores da AlfaCon, bem como seu fundador, Guedes.

Essa não é a primeira vez que o cursinho se envolve em controvérsias. Em uma de suas aulas, é exibido o processo de transformar uma viatura em uma câmara de gás, o que levanta sérias preocupações sobre o incentivo à prática de crimes por parte da instituição. O vídeo em questão, recuperado pelo Ponte Jornalismo, remonta a 2016, o que reforça a postura recorrente da AlfaCon em relação a essas questões.

Em resposta às críticas, a empresa emitiu nota afirmando repudiar qualquer tipo de prática discriminatória ou violência, seja física ou psicológica, contra civis. Além disso, afirmou estar ciente da relevância do debate sobre a violência na sociedade e comprometeu-se a reforçar orientações e treinamentos direcionados aos professores e funcionários da instituição.

No entanto, a resposta da empresa não foi suficiente para acalmar as críticas e a insatisfação em relação às práticas adotadas pela AlfaCon. A atitude da instituição e de seus representantes levanta questões sobre a responsabilidade social e ética no desenvolvimento de profissionais de segurança, e coloca em discussão o papel das entidades reguladoras e fiscalizadoras na formação desses agentes.

Diante disso, é fundamental que haja uma investigação minuciosa para apurar as práticas adotadas pela AlfaCon e garantir que a formação de agentes de segurança esteja alinhada com os princípios éticos e legais. O caso suscita debates sobre a regulação desse tipo de instituição e a importância de uma formação adequada e responsável dos profissionais que atuam na segurança pública.

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