Em uma decisão que gerou controvérsia, o juiz John Lopez, nomeado por um governador republicano, afirmou que o legislativo estadual ainda não criou um direito ao aborto eletivo. Segundo o juiz, a questão deve ser decidida pelo Legislativo, que reflete a vontade dos cidadãos.
A declaração de Lopez provocou reações intensas, mostrando que a luta pelo acesso ao aborto está longe de acabar no Arizona. Recentemente, um grupo de ativistas pelo direito ao aborto anunciou que obteve assinaturas suficientes para apresentar uma medida aos eleitores em novembro, buscando consagrar na constituição estadual o direito ao aborto até a viabilidade do feto.
Por outro lado, a procuradora-geral Kris Mayes, uma democrata, criticou a decisão do juiz, considerando-a “inconcebível” e uma afronta à liberdade. Mayes ressaltou que não processará médicos ou mulheres sob uma “lei draconiana” enquanto estiver no cargo.
(Reportagem de Brendan Pierson em Nova York)
