Deputada aluna de Olavo de Carvalho e aliada de Bolsonaro é eleita presidente da principal comissão da Câmara.




Deputada radical Caroline de Toni é eleita para comandar principal comissão da Câmara

Deputada radical assume presidência da principal comissão da Câmara

A deputada Caroline de Toni (PL-SC) foi eleita para comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Integrante da ala mais radical do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Caroline é uma figura controversa que já teve seu sigilo bancário quebrado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Com 49 votos favoráveis e 9 em branco, Caroline assume a presidência da CCJ, responsável por analisar todas as matérias que tramitam na Casa. Sua eleição foi marcada por críticas de parlamentares governistas.

Nascida em Chapecó (SC) e formada em direito, a deputada foi eleita para seu primeiro mandato em 2018 e reeleita em 2022, sendo a mais votada em seu estado na última eleição.

Nas redes sociais, Caroline se descreve como defensora da vida, da liberdade, da família, do agronegócio e da segurança pública. Sua atuação política é marcada por posições ligadas ao bolsonarismo, como a defesa da flexibilização do uso de armas de fogo e a proibição do aborto.

Além disso, a deputada foi autora de um dos primeiros pedidos de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff e é crítica ferrenha do ex-presidente Lula. Sua presença em atos convocados por Bolsonaro e sua participação em diligências da CPI do MST da Câmara em 2022 também evidenciam sua proximidade com o atual governo.

Caroline defende na Câmara um projeto de lei que proíbe o aborto em qualquer circunstância, conhecido como Estatuto do Nascituro. Além disso, a deputada já se manifestou publicamente contra a inclusão do princípio da liberdade de abortar na Constituição francesa.

Apesar de sua atuação polêmica, Caroline afirmou em seu discurso de posse na CCJ que pretende conduzir a presidência do colegiado de forma transparente e equilibrada, respeitando as normas constitucionais e regimentais da Câmara.

Com um histórico de embates com ministros do STF e críticas ao que chama de “ativismo judicial”, a deputada Caroline de Toni promete uma gestão conservadora à frente da CCJ, demonstrando que seu mandato será marcado pela defesa de pautas características do bolsonarismo.


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