Deputada polêmica assume Comissão de Educação: o que esperar de seu mandato?







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A deputada em questão parece ter uma postura que levanta questionamentos sobre sua reverência à legalidade, o que pode ser um indício do seu posicionamento em diversas questões. No ano de 2020, teve seu sigilo quebrado pelo Supremo Tribunal Federal no contexto da investigação dos atos antidemocráticos. Curiosamente, nunca foi vista posando ao lado de um exemplar da Carta Magna, mas já manifestou publicamente seu apoio ao porte de armas, chegando a declarar que “Um governo que defende o seu povo, sempre dará o direito aos seus cidadãos de portar uma arma para defender a sua vida e de sua família, a sua propriedade e a sua liberdade”.
Participou ativamente de manifestações contrárias ao distanciamento social durante a pandemia de Covid-19. Demonstrou preocupação com um possível “banho de sangue” em caso de prevalecer o marco temporal para definição das terras indígenas e assinou um pedido de impeachment de Lula, que foi considerado ridículo por muitos.

Diante da indicação da deputada para a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ), surge a dúvida: não haveria uma figura mais propensa ao equilíbrio e ponderação para ocupar esse cargo? Se mesmo fora da CCJ e sem poderes especiais, seu comportamento levanta questionamentos, como será sua atuação futura? Ela afirma que respeitará o Regimento Interno e a Constituição, mas será que seguirá esses princípios à risca?

O jovem Nikolas Ferreira, designado para a Comissão de Educação, tem despertado polêmicas devido ao seu histórico de posicionamentos extremistas. Sua adesão a pautas que incentivam a intolerância, a violência e o obscurantismo tem sido motivo de preocupação para muitos. A escolha do seu nome para a Comissão gerou mais revolta do que a de Caroline, devido à natureza dos temas que a CCJ aborda, que envolvem questões mais institucionais e que podem causar impactos significativos no cenário político.

É importante destacar que a liberdade deve ser exercida com responsabilidade, e alguns defensores ardentes da liberdade têm se mostrado intolerantes e censuradores. O recente episódio envolvendo o livro “O Avesso da Pele”, que faz parte do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), ilustra como certos grupos tentam cercear a liberdade de expressão. A demonização dessa obra nas redes sociais e a pressão para sua retirada das escolas evidenciam a contradição de alguns que defendem a liberdade apenas quando lhes convém. A liberdade de expressão deve ser garantida a todos, inclusive aqueles com os quais não concordamos.


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