Em um ato político realizado recentemente, representantes do Congresso Nacional se manifestaram contra a atuação de Israel na Faixa de Gaza e pediram o rompimento de relações diplomáticas e econômicas com o Estado israelense. Os deputados Jandira Feghali e João Pedro Stédile, do Partido dos Trabalhadores, juntamente com outros parlamentares, reforçaram a necessidade de o Brasil adotar uma postura mais firme diante do conflito no Oriente Médio.
“Mas na verdade, esse não é o argumento central. A questão central é a anexação de território e a eliminação de boa parte do povo palestino. A guerra não é entre Israel e o Hamas, a guerra é entre Israel e o povo palestino”, destacou Jandira em entrevista à Opera Mundi. Ela ressaltou a importância de não se omitir diante da situação e de aumentar a pressão internacional contra Israel.
Os deputados também cobram um posicionamento firme do governo brasileiro em relação a Israel, uma vez que o Estado indica que “vai seguir com a ampliação do genocídio do povo palestino”. Jandira Feghali defendeu que o Brasil deve romper relações com Israel, tomando como exemplo outros países da América Latina que adotaram essa postura. Além disso, afirmou que o governo brasileiro precisa retirar os brasileiros da Faixa de Gaza e endurecer sua posição em relação a Israel em todos os aspectos.
O ato aconteceu no momento em que o conflito completou um mês. Durante esse período, a Faixa de Gaza sofreu com mais de 10 mil mortes e dezenas de milhares de feridos em decorrência das operações do Exército de Israel. A crise humanitária se agravou em ritmo frenético, com hospitais e serviços essenciais entrando em colapso. A população local enfrenta escassez de recursos básicos como água potável, alimento, eletricidade e combustível, e infraestruturas como escolas, mesquitas e prédios residenciais são constantemente bombardeadas.
Em meio a esse cenário de caos, os deputados brasileiros chamam atenção para a necessidade de solidariedade internacional e a defesa do povo palestino. Segundo Jandira, diante de um genocídio ao vivo, é imprescindível que todos se manifestem e se posicionem a favor da paz na região.