Desenvolvimento de nanomicelas quiméricas promete revolucionar o tratamento de tumores sólidos em colaboração Brasil-Índia, revela estudo.




Colaboração entre Brasil e Índia resulta em avanço no tratamento de tumores sólidos

Colaboração entre cientistas do Brasil e da Índia traz avanço no tratamento de tumores sólidos

Uma parceria entre pesquisadores do Brasil e da Índia culminou no desenvolvimento de uma alternativa inovadora para tratar os tumores sólidos, por meio da inibição do microambiente tumoral inflamatório. Esta descoberta foi recentemente publicada no conceituado Journal of Controlled Release.

O tratamento de tumores sólidos tem sido um desafio, devido à complexidade de penetrar essas formações cancerosas. O microambiente tumoral inflamatório, onde os tumores estão localizados, contém diversas células e substâncias geneticamente ligadas ao paciente, dificultando a ação das células de defesa contra o crescimento do tumor.

A pesquisadora Lúcia Helena Faccioli, da Universidade de São Paulo, explica que esta interação entre células imunológicas e a natureza imunossupressora do TME é fundamental no desenvolvimento do câncer. E é nesse cenário que a colaboração entre Brasil e Índia se destaca.

O grupo de cientistas desenvolveu nanomicelas, partículas quiméricas compostas por fosfolipídios, docetaxel e dexametasona, com o objetivo de atacar diretamente o tumor. Estudos em animais demonstraram que essas nanomicelas, administradas por via intravenosa, diminuíram significativamente o tamanho dos tumores e aumentaram a sobrevida dos animais em comparação com os não tratados.

Os resultados foram extremamente promissores, pois as nanomicelas não apenas reduziram o tamanho do tumor, mas também modularam as células ao redor do tumor, permitindo um aumento dos leucócitos que combatem as células tumorais. Além disso, houve uma inibição na liberação de substâncias inflamatórias no microambiente tumoral, potencializando a ação do sistema imune contra o câncer.

Essa inovação abre caminho para futuras pesquisas em seres humanos, uma vez que os compostos utilizados nas nanomicelas já são aprovados para uso humano. A colaboração entre as instituições no Brasil e na Índia promete revolucionar o tratamento de tumores sólidos e trazer esperança para pacientes diagnosticados com essa grave doença.

Fonte: Journal of Controlled Release


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