Desinformação e liberdade de expressão: agências de checagem em xeque em grupos de WhatsApp e Telegram. Elon Musk e STF também são alvos.




Artigo Jornalístico

A Difícil Missão de Combater a Desinformação nas Redes Sociais

No último mês, uma frase atribuída a Elon Musk, “mentira se combate com a verdade, não com a censura”, circulou intensamente nas redes sociais. No entanto, após uma extensa pesquisa, não foi possível identificar o real autor dessa citação, evidenciando a complexidade de lidar com a desinformação na era digital. A questão da veracidade das informações disseminadas online torna-se ainda mais evidente diante do grande volume de grupos públicos no WhatsApp e Telegram, onde a informação se espalha rapidamente e temas relevantes dificilmente se mantêm em destaque por mais do que alguns dias.

De acordo com dados da Palver, mais de 70 mil grupos públicos dessas plataformas foram analisados, revelando a velocidade com que as informações transitam entre os usuários. Muitas vezes, as pessoas não têm tempo para pesquisar e validar as mensagens recebidas em seus smartphones, o que contribui para a propagação de fake news.

Um ponto positivo destacado pelo monitoramento da Palver é o papel das agências de checagem na desmitificação de informações falsas. Ao publicarem conteúdos claros e assertivos, essas agências auxiliam os usuários na identificação de fake news e na disseminação de informações corretas. No entanto, nem sempre os usuários se mostram dispostos a investigar a veracidade das mensagens que recebem, muitas vezes compartilhando conteúdos enganosos sem questionamentos.

O fenômeno da desinformação também é observado nos confrontos entre usuários de grupos de WhatsApp e Telegram. Quando alguém compartilha imagens de agências de checagem desmentindo informações incorretas, geralmente ocorre um silêncio no grupo ou um questionamento sobre a credibilidade dessas agências. Além disso, surgem acusações de viés político e financeiro, alegando que as agências são financiadas por partidos ou empresas específicas.

Recentemente, a Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA solicitou à plataforma Rumble informações relacionadas a decisões judiciais do STF, o que gerou debates acalorados nos grupos de WhatsApp e Telegram. A liberdade de expressão e a veracidade das informações continuam sendo pontos sensíveis nesse contexto, com usuários polarizados e propensos a disseminar teorias da conspiração.

Em resumo, o desafio de combater a desinformação nas redes sociais requer um esforço coletivo e constante, tanto das plataformas quanto dos usuários, para garantir um ambiente digital mais seguro e confiável para todos.


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