Destituição de ex-gerente do MEC em escândalo de pastores suspeitos de corrupção leva à proibição de assumir cargo público por oito anos.






CGU destitui advogado envolvido em escândalo no MEC

A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou nesta sexta-feira (12) a destituição do advogado Luciano de Freitas Musse, ex-gerente de projetos da secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC) durante a gestão de Milton Ribeiro. O motivo da destituição está associado ao escândalo envolvendo pastores suspeitos de operar um balcão de negócios no ministério.

Com essa decisão, Musse fica proibido de assumir cargos públicos pelos próximos oito anos. Na época do escândalo, ele ocupava o cargo de gerente de projetos vinculado à secretaria-executiva do MEC, que na ocasião estava sob responsabilidade de Victor Godoy Veiga.

Vale ressaltar que Musse já havia sido exonerado em março de 2022, porém não havia nenhuma restrição para que ele ocupasse outra função pública.

O processo administrativo disciplinar conduzido pela CGU investigou o papel do agente público na atuação dos pastores evangélicos Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia na liberação de recursos do MEC para prefeitos.

De acordo com a Controladoria, o servidor fazia parte da equipe dos pastores que exigiam propina dos representantes municipais em troca da liberação de verbas do MEC. Mesmo não sendo servidores, os pastores assessoravam o ministro Milton Ribeiro e intermediavam suas reuniões com os prefeitos.

“O indiciado foi descrito por testemunhas como uma espécie de segurança dos pastores”, afirmou o órgão. “Além disso, o processo também comprovou que o indiciado teria recebido R$ 20 mil como indicação de um dos pastores.”

Para chegar à decisão de destituição, a CGU ouviu testemunhas, incluindo prefeitos que teriam sido solicitados a pagar propina. Uma das evidências apresentadas foram comprovantes de depósito e emissão de passagem para o servidor pela prefeitura de Piracicaba (SP) para participar de um evento organizado pelos pastores, mesmo mantendo vínculo com o MEC.

Além da destituição, Musse chegou a ser preso pela Polícia Federal juntamente com Milton Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, e Helder Bartolomeu, ex-assessor da Prefeitura de Goiânia.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo