Dino informa Múcio que a Polícia Federal não disponibilizará os nomes dos militares ligados ao caso hacker.

A Polícia Federal negou o pedido do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para repassar o nome dos militares que se encontraram com o hacker Walter Delgatti no ano passado. Em um ofício encaminhado ao Ministério da Defesa, a PF afirmou que o inquérito que investiga o caso está sob sigilo no STF (Supremo Tribunal Federal).

No documento assinado pelo delegado Luiz Eduardo Navajas Telles Pereira, a polícia destacou que o hacker já foi ouvido em um inquérito policial sigiloso, presidido pelo Ministro Alexandre de Moraes do STF. Portanto, qualquer pedido de informações deve ser encaminhado ao ministro responsável pelo caso.

Com a resposta da Polícia Federal, o ministro da Defesa se reuniu com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para discutir a situação. Durante o encontro, Dino reforçou que a PF não fornecerá os nomes dos militares envolvidos, mas ressaltou que as Forças Armadas poderão tomar providências após a conclusão do inquérito no STF.

O ministro da Justiça afirmou que há uma intenção de permitir que as investigações sigam de acordo com a lei e, quando apropriado, as Forças Armadas tomarão as medidas necessárias. Dino garantiu que não há pressa, pois há um consenso de que aqueles que cometeram crimes, sejam eles civis ou militares, serão punidos.

Dino também destacou que as investigações não têm o objetivo de desacreditar as Forças Armadas e que é importante separar as condutas institucionais das condutas individuais. Ele lembrou que o presidente da República é o comandante-em-chefe das Forças Armadas e que a falta de ordens adequadas do presidente pode ter levado a erros ou crimes por parte de alguns membros das Forças Armadas.

De acordo com o ministro da Justiça, o trabalho atual busca mostrar que a investigação não envolve a conduta das Forças Armadas em si, mas sim de alguns militares. A ideia é garantir que haja justiça e responsabilização pelos eventuais erros ou crimes cometidos.

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