A disputa entre os irmãos Klein, herdeiros do fundador da Casas Bahia, ganhou destaque na conceituada revista jurídica Lexology. Em um artigo assinado por David Zaslowsky e Jacob M. Kaplan, advogados do renomado escritório Baker McKenzie, aponta-se que a justiça norte-americana falhou no caso.
Segundo os autores, o tribunal de primeira instância em Nova York, onde uma das ações está em andamento, deveria ter concedido acesso às informações financeiras das contas bancárias ligadas a Michael Klein, irmão mais velho de Saul, autor da ação.
O artigo destaca que, de acordo com a legislação dos EUA, Saul Klein cumpre os requisitos para obter as informações solicitadas, que podem auxiliar nos processos judiciais contra o irmão no Brasil.
Após a morte do patriarca Samuel Klein em novembro de 2014, Michael tornou-se inventariante do espólio do pai, estimado em R$ 500 milhões. Entretanto, Saul alega que o patrimônio de Samuel Klein era pelo menos cinco vezes maior na época, levando em consideração movimentações de empresas nos EUA não incluídas no inventário.
Investigações revelaram transações de compra e venda de imóveis nos EUA em nome de Samuel Klein e dos netos no valor de US$ 500 milhões em novembro de 2014 e abril de 2015. Saul busca descobrir possíveis bens e direitos relacionados à herança que não foram incluídos, destinados a empresas que pertenciam à família antes ou depois da morte do pai.
Saul moveu três ações na Justiça brasileira e duas nos EUA contra seu irmão Michael, alegando conflito de interesse na gestão do inventário do pai. Em Nova York, busca informações em instituições financeiras onde possam haver recursos não inclusos na herança, enquanto em Delaware foca em empresas supostamente de propriedade dos irmãos e do pai falecido.
Com Diego Felix
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.
