As eleições de 2026 serão crucialmente influenciadas pelo voto de locais como Itaquera, em São Paulo. Esta observação é crucial para qualquer político que deseje se eleger ou reeleger no próximo pleito. Em um país marcado pela polarização política, encontrar a fórmula para conquistar o voto nessas regiões será fundamental.
A recente visita do ex-presidente Lula a São Paulo teve o objetivo de deixar claro que Guilherme Boulos é a aposta do Partido dos Trabalhadores (PT) neste estado. Em 2022, São Paulo votou com 53,5% dos votos para Lula e 46,5% para Bolsonaro. Da mesma forma, Fernando Haddad alcançou 54,4% em comparação com os 45,5% de Tarcísio de Freitas, atual governador. Estes números mostram a força do PT na capital paulista.
Segundo a última pesquisa do Datafolha, realizada em 31 de agosto, Guilherme Boulos liderava as intenções de voto com 32%, seguido pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) com 24%, Tabata Amaral (PSB) com 11% e Kim Kataguiri (União Brasil) com 8%. Estes dados mostram que ainda há espaço para a transferência de votos de Lula e do PT para Boulos.
Outro fator relevante é a influência da Copa do Povo, que remonta à abertura da Copa do Mundo de futebol em 2014. O evento teve lugar em São Paulo, onde 4 mil famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam um grande terreno. A luta dessas famílias resultou na desapropriação da área, que estava sem uso por 20 anos, e no compromisso do governo de destiná-la à construção de moradias.
Está claro que os resultados de 2026 dependerão da capacidade dos políticos de conquistar o voto na população de lugares como Itaquera. A polarização política e a força do Partido dos Trabalhadores em São Paulo são fatores-chave que influenciarão o desenrolar das eleições. Além disso, a influência do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e a repercussão da Copa do Povo também podem moldar o cenário político e eleitoral no estado.
