A distribuição de ajuda à população faminta e desfavorecida em Gaza se tornou uma tarefa extremamente perigosa. Durante uma entrega supervisionada pelo Exército israelense no norte do território, várias dezenas de civis foram mortos em meio a um ataque contra a multidão.
Com os combatentes do Hamas sendo perseguidos pelas forças israelenses, a distribuição de ajuda tem sido organizada por poderosos clãs familiares ou grupos armados, incluindo alguns ligados ao Fatah, liderado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Esse cenário complexo foi explicado por fontes palestinas.
Enquanto a segurança dos comboios é assumida por diversos grupos, na prática, pouco tem sido feito para aliviar a crise humanitária em Gaza, devido à escassez de ajuda. No entanto, a organização desses esforços evidencia a influência contínua do Hamas na região, apesar dos ataques constantes de Israel.
Além de atuar como uma organização de resistência armada, o Hamas conquistou popularidade ao longo dos anos oferecendo serviços sociais, programas educativos e obras de caridade para os residentes mais necessitados de Gaza.
Com o colapso do sistema administrativo em Gaza desde o início da guerra e a relutância da polícia em fornecer segurança aos comboios humanitários por medo de represálias do Exército israelense, a distribuição de ajuda se tornou um desafio central para os habitantes do território.
Facções pró-Hamas
Segundo o jornal Israel Hayom, líderes israelenses consideraram a possibilidade de confiar a proteção dos comboios a civis armados, como parte de uma estratégia mais ampla para controlar a entrega de ajuda ao final do conflito.
