O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fez um retorno marcante ao site de mídia social X, anteriormente conhecido como Twitter, com uma postagem compartilhando sua foto de fichamento da prisão do condado de Fulton, na Geórgia. Essa publicação marcou o seu acesso direto ao público na plataforma, da qual ele havia sido banido após o ataque de seus apoiadores ao Congresso em janeiro deste ano.
Em novembro passado, o Twitter reverteu sua posição em relação a Trump, possibilitando seu retorno à plataforma sob a propriedade do bilionário Elon Musk. Com mais de 88 milhões de seguidores antes de ser banido, Trump publicou a foto de fichamento juntamente com a declaração: “INTERFERÊNCIA ELEITORAL! NUNCA SE RENDA!”. A postagem rápida e intensa atraiu mais de 14 milhões de visualizações em apenas 50 minutos.
A conta de Trump foi permanentemente suspensa pelo Twitter em janeiro, argumentando que seus posts poderiam incitar à violência após a invasão do Capitólio. Durante sua presidência, Trump usou o Twitter e outras plataformas de mídia social para propagar teorias de conspiração e alegar fraude eleitoral generalizada, justificando sua derrota na eleição de 2020.
Num esforço para reaver a Casa Branca, Trump lançou uma campanha para 2024 e está aproveitando sua presença virtual para promover sua imagem. Na última quarta-feira, ele optou por não participar de um debate republicano transmitido pela Fox News, optando por conceder uma entrevista ao comentarista Tucker Carlson no X. A entrevista de 46 minutos atraiu quase 250 milhões de visualizações até agora.
Embora tenha prometido focar exclusivamente no uso de sua nova plataforma, Truth Social, Trump quebrou essa promessa ao retornar ao X. O Truth Social, desenvolvido por sua startup Trump Media & Technology Group (TMTG), se tornou sua principal fonte de comunicação direta com seus seguidores. Ele utiliza a plataforma para promover aliados, criticar adversários e defender sua reputação em meio a investigações legais em curso.
No entanto, a TMTG enfrenta desafios em relação à sua fusão com a Digital World Acquisition Corp (DWAC), uma empresa de aquisição de propósito específico (SPAC) que injetaria US$ 1,3 bilhão de dólares em dinheiro na TMTG. Investigações do Departamento de Justiça e da SEC atrasaram o fechamento do acordo, e os acionistas têm um prazo até 5 de setembro para votar a favor de sua extensão.
Trump também está envolvido em uma batalha jurídica com o Twitter, processando a plataforma por violação de seu direito à liberdade de expressão. Embora um juiz tenha rejeitado o caso, uma corte federal de apelações está programada para reavaliar a disputa em outubro. Advogados de Trump alegam que suas reivindicações continuam válidas e podem ser decididas pela corte de apelações, mesmo com sua reintegração ao Twitter.
