Chuvas de Meteoros: Fenômenos Celestes em Destaque
Noites estreladas serão ainda mais especiais nas próximas semanas para os brasileiros, com a previsão de duas chuvas de meteoros no país. A primeira delas, conhecida como Líridas, terá seu pico de atividade neste domingo (21) e madrugada de segunda-feira (22). Com condições ideais, até 18 meteoros por hora poderão ser avistados.
O astrônomo Thiago Signorini Gonçalves, da UFRJ e diretor do Observatório do Valongo, destaca que a visibilidade do fenômeno será melhor na região Norte do Brasil. Ele explica que as Líridas vêm da direção da estrela Lira, mais ao hemisfério norte, tornando a observação mais desafiadora quanto mais ao sul do país.
No entanto, a luminosidade da Lua, que estará 96% cheia no domingo, pode prejudicar a visualização. O horário mais indicado para observar a chuva de meteoros será a partir da 1h da manhã. Esse fenômeno teve início no dia 14 e se estenderá até o dia 30.
Além das Líridas, a noite de terça-feira (23) também reserva o pico de atividade da Pi Pupídeos, outra chuva de meteoros, que, segundo Gonçalves, tende a ser mais fraca. Já a ETA Aquáridas, com uma taxa de 40 a 60 meteoros por hora durante o pico, atingirá seu ápice no dia 5 de maio, de acordo com o Exxos, grupo ligado ao Observatório Nacional.
Gonçalves ressalta que as ETA Aquáridas são mais facilmente observadas em todo o país, pois o ponto de onde parecem vir, na constelação de Aquário, está mais ao hemisfério sul. A influência da Lua nova também tornará a observação mais favorável.
O Fascínio das Chuvas de Meteoros
O espetáculo das chuvas de meteoros, conhecidos popularmente como estrelas cadentes, resulta da queima de fragmentos de corpos celestes ao adentrar a atmosfera terrestre. A astroquímica Diana Andrade explica que os meteoros são produzidos quando um objeto aquece ao entrar na atmosfera, gerando um efeito luminoso.
Esses fenômenos, como as Líridas, ETA Aquáridas e Pi Pupídeos, são originados de detritos de cometas, como Thatcher, Halley e Grigg-Skjellerup, respectivamente. Anualmente, a Terra cruza o caminho onde estão os detritos desses cometas, dando origem às previsíveis chuvas de meteoros.
A observação dos meteoros requer um ambiente escuro e livre de poluição luminosa, como aconselha Renato Poltronieri, da Bramon. Cidades do interior tendem a oferecer melhores condições para a visualização desses fenômenos celestes.
Para contemplar a ETA Aquáridas, o olhar deve ser voltado para o leste, enquanto as Líridas requerem a observação ao norte. Em São Paulo, por exemplo, o olhar no horizonte norte garantirá um espetáculo único, mesmo com interferências urbanas.
Aproveite as noites estreladas e esteja atento aos céus para não perder a chance de presenciar esses brilhantes espetáculos celestes que a natureza oferece.
