Erro na nomeação de secretário pelo prefeito do Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), admitiu neste sábado (30) um erro em sua gestão ao nomear o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) como secretário, mesmo diante da suspeita de envolvimento da família na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

Em uma declaração que sinaliza um possível rompimento com o Republicanos, partido que indicou Chiquinho para o cargo, o prefeito destacou que foi uma falha em sua parte na formação da aliança política. Ele expôs sua autocrítica após participar da inauguração do corredor Transbrasil entre os terminais Deodoro e Gentileza.

Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), foram presos sob suspeita de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle.

O deputado foi nomeado em outubro, mesmo com a suspeita sobre seu irmão desde 2018. A indicação veio do Republicanos, dentro da aliança para a pré-candidatura de reeleição de Paes.

Em fevereiro, Chiquinho foi exonerado após a divulgação de detalhes sobre o acordo de delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa, apontado como executor do crime.

O prefeito destacou a importância de corrigir erros: “Mais importante do que cometer um erro é consertá-lo. Já havia sido solicitada a remoção de Chiquinho da secretaria anteriormente, mas somente após sua prisão que a decisão foi tomada”.

Após a substituição de Chiquinho, o Republicanos começou a articular um desembarque da aliança com Paes para apoiar o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), indicado por Jair Bolsonaro. Paes indicou que não buscará uma reconciliação com o partido.

Com a recente mudança na gestão, o Republicanos tenta definir seu próximo passo enquanto o prefeito reforça a importância de alianças políticas com limites claros.