As eleições no País Basco resultaram em uma mudança significativa no cenário político da região, com o candidato da EH Bildu, Pello Otxandiano, comemorando os resultados como um “passo gigante”. Segundo ele, esse foi o melhor desempenho já alcançado pela esquerda soberanista em toda a história da região.
Por outro lado, o PNV expressou sua intenção de assumir a responsabilidade pelo processo de formação do governo. O partido, liderado por Andoni Ortuzar, pretende governar e buscar alianças para garantir a estabilidade política.
Com o empate de deputados, os socialistas de Pedro Sánchez podem ter um papel decisivo na formação do governo, oferecendo seus 12 deputados ao PNV. Esse apoio é crucial para garantir maioria no parlamento e possibilitar a governabilidade.
A EH Bildu se destacou por sua postura progressista em temas econômicos e sociais, especialmente entre os jovens que não viveram a época do ETA, organização armada que atuou no País Basco por décadas até renunciar à luta armada em 2011.
Estima-se que o resultado das eleições não represente uma ameaça à estabilidade do governo nacional. Segundo Federico Santi, analista da consultoria Eurasia Group, a situação política na região basca não deve interferir de forma significativa na gestão do governo central.
– Região próspera –
Cerca de 1,8 milhões de eleitores foram convocados para as urnas, em uma população total de 2,2 milhões, para eleger os 75 deputados do Parlamento basco. O resultado das eleições reflete a diversidade política e a importância do processo democrático na região.