Eleições europeias e belgas: projeções indicam avanço da extrema direita e pressão sobre sistema político complexo da Bélgica

Extrema direita deve obter terceira maior representação no Parlamento Europeu

As projeções indicam que o Identidade e Democracia (ID), que reúne partidos de extrema direita, está prestes a se tornar o terceiro maior grupo político do Parlamento Europeu. Enquanto isso, os Verdes podem perder mais de um quarto de seus deputados, devido a uma reação negativa em relação aos custos das políticas ambientais promovidas pela União Europeia nos últimos anos.

Os grupos políticos pró-Europa, como o centro-direita Partido Popular Europeu (EPP), o centro-esquerda Socialistas e Democratas (S&D) e o Renew, devem perder influência. O primeiro-ministro belga Alexander De Croo, ao abordar a ameaça da extrema direita nas eleições europeias, afirmou que deseja “mais resultados, menos conversas, e veremos o que acontece nas eleições”.

A recessão econômica nas principais economias do bloco europeu, as mudanças climáticas e a imigração serão fatores determinantes nas campanhas. Além disso, as eleições decidirão quem irá liderar a Comissão Europeia em seu novo mandato de cinco anos, com chances consideráveis de que a atual presidente do executivo do bloco, Ursula von der Leyen, se candidate novamente.

Bélgica vai às urnas

Além das eleições europeias, a Bélgica também irá às urnas no dia 9 de junho para escolher os novos deputados federais e regionais que devem substituir o atual governo de coligação. As sondagens mostram um quadro bastante conhecido, com o partido de extrema direita Vlaams Belang liderando em Flandres, o Partido Socialista na dianteira na Valônia e os liberais na região de Bruxelas-Capital.

A probabilidade de uma guinada à extrema direita, especialmente depois da vitória da extrema direita na vizinha Holanda, está colocando uma pressão adicional no país cujo sistema político é bastante complexo. A Bélgica sedia o governo federal belga em Bruxelas, o governo regional flamengo, o governo da comunidade francófona da Valônia, o de Flandres; na verdade, coabitam no país de 11.6 milhões de habitantes três comunidades de três regiões distintas totalizando assim oito governos e nove parlamentos. Além da Bélgica, Portugal, Finlândia e Lituânia também irão eleger novos governos.

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