No atual cenário político da Argentina, a expectativa é que o ex-presidente Maurício Macri exerça uma influência significativa na Casa Rosada e busque uma fatia do governo para garantir que o candidato ultradireitista Milei não fique isolado sem base para governar no parlamento argentino. A incerteza domina o ambiente político, com Massa recebendo apoio de diversos setores organizados da sociedade, governadores, prefeitos, professores, pesquisadores e artistas, colocando-se como principal oponente de Milei nessa disputa eleitoral.
Se Massa vencer, a perspectiva é que o peronista busque formar um governo de coalizão, contemplando todos os setores que se uniram em torno de sua candidatura, mais pela oposição a Milei do que por seu carisma ou agenda política. O especialista Armúa prevê que, em caso de vitória de Massa, o governo será de centro conservador, mantendo o status quo e priorizando a saúde e a educação, mas abrindo espaço para setores de esquerda.
O atual Ministro da Economia, Alberto Fernandez, tem destacado que a prioridade do governo será a agenda econômica, dada a inflação de 142% ao ano e o alto índice de pobreza que assola o país. Macri é apontado como o principal apoiador de Milei, já que o candidato ultradireitista não tem o respaldo de governadores, prefeitos ou setores organizados da sociedade, o que o coloca em desvantagem em relação a Massa.
Portanto, o cenário político da Argentina é marcado por uma polarização entre Massa e Milei, com o ex-presidente Macri atuando como fiador da campanha do ultradireitista e buscando influenciar na composição do governo. A economia e a luta contra a pobreza são temas prioritários na agenda política do país, independentemente do vencedor das eleições.
